Uma
música, não muito nova, mas bem atual, de Oswaldo Montenegro, tem o mesmo
título deste texto. Um recado interessante, certamente compõe o pano de fundo
do que o compositor coloca em seus versos. A canção remete à colagem do que
compõem histórias de vida: amigos, conquistas, sonhos, mistérios, mentiras,
perdas e danos. Enfim, coisas da vida.
Dessas
que passam e nem sempre são percebidas com a ligeireza impressa pelo alucinante
ritmo de viver. Quando se dá conta, é preciso fazer uma lista do que nem é
mais. Talvez, apenas amontoados de coisas, para uma possível seleção.
Ao
se falar em lista, por que não revisar o tema, já que o ano novo ainda inspira
por rumos e roteiros a traçar, apesar de toda a incerteza de viver? A elas,
pois.
Listar
os livros lidos, as mensagens deles extraídas, e, em especial, aqueles que,
fechados, esperam que as palavras do autor sejam desveladas, discutidas,
debatidas, à caça de ressignificação.
Outra
lista possível: das enunciações negativas com as quais se costuma – mesmo sob a
inocente aparência do “nada a ver”, magoar pessoas, pelo simples fato de elas
representarem, por exemplo, a gestão de um bem público. E, é claro, refletir e,
se possível, reconstruir trajetos para tornar ditoso o bem comum.
Listar,
ainda, as promessas feitas sob a forma de ameaça-desabafo, com o objetivo de
inferiorizar os semelhantes, como se todo o poder do mundo coubesse, muitas
vezes, em arroubos de “ganhar no grito” simplesmente, como desejo de marcar
território num espaço em que o coletivo é ignorado. Pergunta-se: fazer o quê
dessa lista?
Fazer,
enfim, uma lista de coisas simples, que permita viver e bem viver preferencialmente!
22/06/2009
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