Mais
um ano, mais uma celebração... e, de repente, a constatação pelo clima, pelos
enfeites, pelas festas envolventes, pelo apelo comercial, pelas luzes, bolas,
festões, brilhos, de que é, enfim, o Natal.
E
o que é Natal, mesmo? Algumas
definições: Capital do estado do Rio Grande do Norte; significa o dia do
nascimento de alguém e, a solenidade cristã na qual se comemora o nascimento de
Jesus Cristo. No enfoque capitalista, é o período do consumo, gasto para
muitos, lucro para alguns.
Com
efeito, não há como ignorar a abrangência, a universalidade, o calor emanado da
festa de Natal, como uma corrente em forma de luzes e atrai, arrebata, e nos
faz – ainda que por breves momentos – mais humanos, mais crentes na vida, nas
pessoas e na felicidade de uma pequena luz a piscar ou deixar de fazê-lo, num
pinheirinho natalino.
Embalados
com o final de ano, de ciclo e também de vida – uma espécie de balanço do que
se fez e do que se deixou de fazer - as pessoas se pegam assim com o espírito
de papai Noel e passam a exalar do profundo d’alma um pouco do ouro, da mirra e
do incenso que todos carregam. E, num instante mágico, fazem suas entregas.
A
alegria da festa natalina parece formatar nas pessoas um jeito novo de viver e
de ser, como se a vida, reinventada, permitisse uma interação total entre
mortais.
Como
a caminhada dos três reis magos, desejável seria que a alma humana se deixasse
guiar, ao longo de dias, meses e anos, por esse espírito de saudação, de
doação, de perdão e de vida e, a cada passo dado, badalar os sinos, para
espalhar a boa notícia: o filho de Deus, mesmo que uns não queiram, nasce e
renasce, no coração das pessoas. Daí,
sim, perceber e dizer: então, Feliz Natal!
Depois
do Natal, que valha o exercício a se praticar em todos os dias do novo ano,
para, enfim, o dia nascer feliz, sorridente, alegre tornando possível,
inclusive as segundas-feiras mais preguiçosas, retomada do trabalho e da vida
que segue seu curso num eterno Natal.
24/12/2010
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